Resumo Considerado o aumento da complexidade prática das paisagens midiáticas, a complexidade teórica da comunicação midiática tem que ser ampliada (no horizonte e na moldura) e aprofundada (no foco) — especialmente para cumprir a missão de aprimorar a qualidade dessa ciência: gerando complexidade em um nível de teoria lógica para um assunto que não é um objeto em si mesmo, mas uma metáfora de descrição culturalmente programada: comunicação, cultura, sociedade, etc. A complexidade da comunicação, da mídia ou da sociedade não é um caráter desses construtos em si, mas uma complexidade de pensamento que, na prática, espera-se que seja reduzida, ao passo que na teoria seja produzida. Encarar (mais) a comunicação como uma performance cultural da humanidade e da prática social, e encarar a mídia (mais hermeneuticamente do que tecnicamente) requer conceituar aqueles construtos como modelos de conhecimento, como programas que culturalmente buscam significados conscientes e relevância significativa da vida social. Portanto, é necessário que haja uma mudança de paradigmas de conceitos funcionais e objetivistas para outros que sejam hermeneuticamente abertos — não apenas, mas também para gerar um quadro mais amplo de análise e interpretação das mudanças sociais e culturais, referidas pelo caráter de midialidade da comunicação e da sociedade. As chamadas mídias sociais não são novas mídias, mas mostram tanto a possibilidade, quanto o desafio e a oportunidade de mudança de ordens da mídia. Sem dúvidas, isso requer outros (novos) conceitos de competência da prática social.
Abstract At least since the practical complexity of media landscapes is growing, the theoretical complexity of media communication has to be widened (horizon and frame) and deepened (focus) — especially when fulfilling the mission and the quality of science: generating complexity on a level of logical theory towards a subject that is not an object by itself but a culturally programmed metaphor of description: communication, culture, society etc. The complexity of communication, media or society is not a character of those constructs themselves but a complexity of thinking, in practice hopefully reduced, in theory hopefully produced. Facing communication (more) as a cultural performance of humanness and of social practice and facing media (more hermeneutically than technically) demands to conceptualize those constructs as models of knowledge, as culturally programs in search of mindful meaning and meaningful relevance of social /societal life. Therefore, there is need of a shifting paradigm from functional, objectivist concepts to hermeneutically open concepts — not only, but also to generate a wider frame of analysis and interpretation of social and cultural change referred through the mediality character of communication and society. So called social media are not new media but show the possibility as well the challenge and chance of change of media orders. Of course, that demands other (new) competence concepts of social practice.